sábado, 2 de novembro de 2013

Funções do cérebro humano

Dentro do cérebro humano ocorrem as mais variadas situações, tais como: a percepção, a imaginação, os pensamentos, os julgamentos, as decisões, etc.
  
A superfície do cérebro – o córtex cerebral – é composta por seis camadas de neurônios (células do sistema nervoso responsáveis pela condução do impulso nervoso).



 O cérebro humano possui quatro áreas conhecidas como lóbulo frontal, lóbulo parietal, lóbulo temporal e lóbulo occipital. 

O lóbulo frontal é assim chamado por localizar-se na parte frontal do crânio. Ele parece ser particularmente importante por ser responsável pelos movimentos voluntários e também por ser o lóbulo mais significante para o estudo da personalidade e inteligência. 

O lóbulo parietal está localizado na parte posterior do lóbulo frontal. Ele possui uma área denominada somatossensória, responsável pela percepção de estímulos sensoriais que ocorrem através da epiderme ou órgãos internos.

O lóbulo temporal possui uma área especial chamada córtex auditivo, como o próprio nome já diz, esta área está intimamente ligada a audição. 

Na parte de trás da cabeça, mais precisamente na região da nuca, localiza-se o lóbulo occipital. Nele encontra-se o córtex visual, que recebe todas as informações captadas pelos olhos.

Existem outras áreas dos lóbulos que não possuem especialização, estas são chamadas de córtex de associação. Além de estas serem conectadas a vários sentidos e movimentos, acredita-se que nelas também são processados nossos pensamentos e armazenadas nossas memórias.




A área da ciência que estuda o cérebro humano, a mente e o sistema nervoso é a Neurociência.

O hemisfério esquerdo do cérebro dos seres humanos é o responsável pelo pensamento lógico e também pela comunicação verbal (fala).

O hemisfério direito é o responsável pela intuição, estabelecimento de analogias e comunicação não verbal. É neste hemisfério que surgem os problemas que dão origem à Dislexia.

Cada hemisfério do cérebro humano está relacionado a um conjunto de habilidades. Assim sendo, o lado esquerdo é o responsável pelas seguintes habilidades: leitura, uso da linguagem, seguimento de instruções, localização de fatos, identificação de símbolos e escrita à mão. Já o lado direito é o responsável pelas seguintes habilidades: matemática, canto, música, expressão artística, criatividade, emoções e sentimentos.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Sinais de alerta da Dislexia

Esta perturbação da aprendizagem pode apresentar vários sinais. Aqui ficam alguns sinais de alerta mais frequentes:
  • Dificuldades na linguagem escrita e  mais raramente oral.
  • Dificuldades na leitura e compreensão (quer de palavras quer de números).
  • Problemas de atenção (estas crianças distraem-se com mais facilidade).
  • Problemas de lateralidade (confundem a esquerda com a direita).
  • Dificuldades espaciais . Estas crianças "não vêem" o que tem à sua volta. Tropeçam, caiem com frequência, batem nas mesas ou ombreiras das portas. Não acertam na bola ou apresentam dificuldade nas atividades que requerem destreza manual.
  • A sua escrita não tem precisão (escrita irregular).
  • Trocam letras com sons idênticos. Por ex: f/v; p/b; p/t; v/z; b/d ...
  • Podem escrever letras em espelho.
  • Na leitura saltam palavras ou linhas.
  • Não leem a palavra e leem de memória, tentando adivinhar. Por ex: livraria/livro; batata/bata ...

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Significado de Dislexia



Dislexia é uma palavra originária do grego que pretende significar distúrbio da palavra (dis- distúrbio, lexis palavra). Ou seja, Dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na lateralidade (distinção entre esquerda e direita), na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração. 
A dislexia normalmente é identificada nas salas de aula durante o processo de alfabetização.

sábado, 26 de outubro de 2013

Alguns disléxicos famosos

Segundo as estatísticas uma em cada dez pessoas tem alguma forma de dislexia e este problema não tem que ser uma fatalidade. O físico Albert Einstein é um caso flagrante. Só aprendeu a ler aos 9 anos de idade mas ninguém põe em causa a sua inteligência.
Aqui fica uma lista de alguns disléxicos famosos.
Agatha Christie  ( escritora de romances policiais )
Albert Einstein ( físico)
Cher (cantora )

E muitos outros:
Leonardo da Vinci
Pablo Picasso,
Richard Chamberlain,
Robie Williams,
Sir Francis Bacon, 
Sir Winston Churchill
Thomas A. Edison,
Tom Cruise,
Vicent Van Gogh,
Walt Disney,
Whoppi Goldberg,

...

Formação sobre Dislexia

Hoje, sábado, após uma intensa semana de trabalho iniciei, tal como milhares de professores fazem anualmente no seu "período de descanso", uma formação denominada "Dislexia : conhecer, compreender, avaliar e intervir .

Espero que esta formação venha a enriquecer a minha formação inicial e que me ajude a  superar possíveis lacunas dessa formação. 

Efetivamente, este problema é dos mais vulgares, mas simultaneamente, continua um dos mais difíceis diagnosticar e de apoiar pela variedade dos "sintomas" associados, pelo grau dos mesmos ser muito variável e pela dificuldade que os pais possuem em aceitá-la. Muitas das vezes afirmam que os seus educandos são muitos inteligentes e efetivamente,... a maior parte das vezes assim é. 

A partir deste momento, neste  blog vou partilhar todas os assuntos que forem abordados e que poderão ser úteis a colegas ou pais.




quinta-feira, 12 de setembro de 2013

C.E.R. Especial

O que significa CER ?
Não ... CER não está mal escrito, esta sigla significa "Crescer, Educar e Reagir e sem deixar de significar o mesmo que a sua homofona "ser".
Como pretendo dedicar este blog à temática do ensino de crianças com necessidades educativas, chamei-lhe "CER Especial"
Nesta minha incursão nos apoios educativos este blog servirá como espaço de divulgação, reflexão, partilha das atividades desenvolvidas, das pesquisas efetuadas, das preocupações /problemas sentidos ou de notícias surgidas sobre o tema.
Pretende-se ainda que seja um espaço de encontro e de estímulo aos pais destas crianças especiais.

Síndrome de Asperger - Deficiência ou oportunidade ?

Ao ler este texto de Roberto Amado não pude deixar de pensar neste maravilhoso ponto de vista.
Todos somos diferentes, todos temos especial aptidão para algo e simultaneamente todos sentimos limitações em alguma coisa. Contudo será possível que uma limitação existente à partida seja uma oportunidade para outra coisa ? 
Aqui fica um feliz exemplo.

"Como o autismo ajudou Messi a se tornar o melhor do mundo
Os sintomas da Síndrome de Asperger trabalharam a seu favor.
messi-picking-up-his-fourth-ballon-dor
Messi é autista. Ele foi diagnosticado aos 8 anos de idade, ainda na Argentina, com a Síndrome de Asperger, conhecida como uma forma branda de autismo. Ainda que o diagnóstico do atleta tenha sido pouco divulgado e questionado, como uma maneira de protegê-lo, o fato é que seu comportamento dentro e fora de campo são reveladores.
Ter síndrome de Asperger não é nenhum demérito. São pessoas, em geral do sexo masculino, que apresentam dificuldades de socialização, atos motores repetitivos e interesses muito estranhos. Popularmente, a síndrome é conhecida como uma fábrica de gênios. É o caso de Messi.
É possível identificar, pela experiência, como o autismo revela-se no seu comportamento em campo — nas jogadas, nos dribles, na movimentação, no chute. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo exaustivamente”, diz Nilton Vitulli, pai de um portador da síndrome de Asperger e membro atuante da ong Autismo e Realidade e da rede social Cidadão Saúde, que reúne pais e familiares de “aspergianos”.
“O Messi sempre faz os mesmos movimentos: quase sempre cai pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de cavadinha, típico dele”, diz Vitulli, que jogou futebol e quase se profissionalizou.  E explica que, graças à memória descomunal que os autistas têm, Messi provavelmente deve conhecer todos os movimentos que podem ocorrer, por exemplo, na hora de finalizar em gol. “É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele apenas repete um padrão conhecido.Quando ele entra na área, já sabe que vai fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem cumpriu sua missão e está  aliviado”.
A qualidade do chute, extraordinária em Messi, e a habilidade de manter a bola grudada no pé, mesmo em alta velocidade, são provavelmente, segundo Vitulli, também padrões de repetição, aliados, claro, à grande habilidade do jogador. Ele compara o comportamento de Messi a um célebre surfista havaiano, Clay Marzo, também diagnosticado com a síndrome de Asperger. “É um surfista extraordinário. E é possível perceber características de autista quando ele está numa onda. Assim, como o Messi, ele é perfeito, como se ele soubesse exatamente o comportamento da onda e apenas repetisse um padrão”. Mas autistas, segundo Vitulli, não são criativos, apenas repetem o que sabem fazer. “Cristiano Ronaldo e Neymar criam muito mais. Mas também erram mais”, diz ele.
Autistas podem ser capazes de feitos impressionantes — e o filme Rain Man, feito em 1988, ilustra isso. Hoje já se sabe, por exemplo, que os físicos Newton e Einstein tinham alguma forma de autismo, assim como Bill Gates.
Também fora de campo, seu comportamento é revelador. Quem já não reparou nas dificuldades de comunicação do jogador, denunciadas em entrevistas coletivas e até em comerciais protagonizados por ele? Ou no seu comportamento arredio em relação a eventos sociais? Para Giselle Zambiazzi, presidente da AMA Brusque, (Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Brusque e Região, em Santa Catarina), e mãe de um menino de 10 anos diagnosticado com síndrome de Asperger, foi uma revelação observar certas atitudes de Messi.
“A começar pelas entrevistas: é  visível o quanto aquele ambiente o incomoda. Aquele ar “perdido”, louco pra fugir dali. A coçadinha na cabeça, as mãos, o olhar que nunca olha de fato. Um autista tem dificuldade em lidar com esse bombardeio de informações do mundo externo”, diz Giselle. Segundo ela, é possível perceber o alto grau de concentração de Messi: “ele sabe exatamente o que quer e tem a mesma objetividade que vejo em meu filho”.
Giselle observou algumas jogadas do argentino e também não teve dúvidas:  “o olhar que ‘não olha’ é o mesmo que vejo em todos. Em uma jogada, ele foi levando a bola até estar frente a frente com um adversário. Era o momento de encará-lo. Ele levantou a cabeça, mas, o olhar desviou. Ou seja, não houve comunicação. Ele simplesmente se manteve no seu traçado, no seu objetivo, foi lá e fez o gol. Sem mais”.
Segundo Giselle, Messi tem o reconhecido talento de transformar em algo simples o que para todos é grandioso e não vê muito sentido em fama, dinheiro, mulheres, badalação. “Simplesmente faz o que mais sabe e faz bem. O resto seria uma consequência. Outra aspecto que se assemelha muito a meu filho”.
Outra característica dos autistas, segundo ela, é ficarem extremamente frustrados quando perdem, são muito exigentes. “Tudo tem que sair exatamente como se propuseram a fazer, caso contrário, é crise na certa. E normalmente dominam um assunto específico. Ou seja, se Messi é autista e resolveu jogar futebol, a possibilidade de ser o melhor do mundo seria mesmo muito grande”, diz ela.
A idéia de uma das maiores celebridades do mundo ser um autista não surpreende, mas encanta. Messi nunca será uma celebridade convencional. Segundo Giselle, ele simplesmente será sempre um profissional que executa a sua profissão da melhor forma que consegue — mass arredio às badalações, às entrevistas e aos eventos.  “Ele precisa e quer que sua condição seja respeitada. Nunca vai se acostumar com o assédio. Sempre terá poucos amigos. E dificilmente saberá o que fazer diante de um batalhão de fotógrafos e fãs gritando ao seu redor. De qualquer modo, certamente a sua contribuição para o mundo será inesquecível”, diz ela. "
 Roberto Amado,Jornalista, escritor, cineasta e advogado.

Roberto Amado*, Diário do Centro do Mundo